Pão Diário

Há quem diga que o cristão apresenta sua fé melhor quando controla rigorosamente suas emoções, p.ex. no falecimento de um familiar. Deveria conter seus sentimentos diante dos que buscam razão de censurar os cristãos. De acordo com a nossa leitura, porém, tal conselho nem sempre vale.

Jesus compadeceu-se da viúva que chorava no enterro de seu filho e chegou perto para consolar a quebrantada de coração. Sendo “homem de dores” (Is 53.3), sentiu-se atraído ao caso. Com seu poder levantou dos mortos aquele jovem. Quando pediu que a viúva não chorasse, foi porque sabia como ajudar por meio dos seus poderes. A ação de Jesus ensina que o melhor a fazer em tais situações é também mostrar compaixão e ajudar dentro do possível. Certamente não temos o poder de ressuscitar um morto, mas nossa presença na ocasião (sem dar “conselhos”) traz conforto aos desconsolados segundo a recomendação “Alegrem-se com os que se alegram; chorem com os que choram” (Rm 12.15).

Muitas vezes o comportamento dos cristãos diante dos sofrimentos de seus irmãos torna-se inesquecível para os que não seguem o caminho de Jesus. Numa ocasião, uma família que recentemente aceitara Cristo foi atingida pelo falecimento de sua filha de talvez dez anos de idade. Alguns vizinhos ao redor depois comentaram o amor dos cristãos quando se reuniram para mostrar sua simpatia e ajudar de muitas maneiras a aliviar a dor dos seus amigos. Tanto a família de Deus como os que ainda não crêem devem ver que, por meio da nossa vida, o Senhor ainda chega bem perto dos que têm coração quebrantado, os de espírito abatido.

Se você foi atingido de alguma forma, anime-se. Diante da morte de alguém ou de alguma crise familiar ou financeira, ou vendo-se injustiçado, saiba no vale do seu abatimento que o Senhor Jesus continua bem perto dos que têm coração triste e desalentado. - TL

Não finja que a tristeza não existe, mas entregue-a aos cuidados do Senhor.