O pastor Waldomiro Mota, ex- missionário batista na Bolívia e depois pastor da Primeira Igreja Batista em São Caetano do Sul, no ABC paulista, narra o seguinte episodio:
Certo dia ouviu comentários de que haveria no meio da sua congregação um ex-participante do bando facínora de lampião. Após saber quem era, esperou uma oportunidade de aborda-lo. Certa manha deu com ele numa das ruas da cidade. Após cumprimentos, perguntou-lhe: “irmão, qual foi sua experiência daqueles dias?”. O outro ficou lívido. Sentou-se de cócoras, escondeu o rosto entre os braços e murmurou: “Pastor, me perdoe, mas jamais me faça essa pergunta de novo. Foram dias tão horrorosos que só de lembra-los sinto-me mal, e para quem ouvir a historia serão dias de impacto negativo”. O pastor Waldomiro desculpou-se.
No verso 13 da leitura bíblica de hoje, Paulo enumera em resumo o que ele fora antes de conhecer Cristo. Blasfemo, perseguidor, opressor. Eis o relato do que eu fui, diz ele.
Quem nasceu em um lar no qual o evangelho é conhecido e praticado, não costuma ter essa visão de si mesmo e, em razão disso, tende a ter uma noção menos elevada da graça divina e da necessidade que tem dela. Entre os encontros que Jesus teve em sua vida terrena está um com um jovem rico que se afasta triste. Outro é o da mulher samaritana que se retira explodindo de alegria. O jovem via-se como santo; a samaritana, como grande pecadora. Costumamos medir os homens pelo que fazem não pelo que são. Eis onde reside o perigo. Nascemos pecadores. Nascemos perdidos. Nascemos em conflito com Deus. Nascemos “em Adão”. Nesse estado, somos todos iguais perante Deus – perdidos. Todavia, quanto mais profunda for a visão que tivermos de nossa condição tanto mais gloriosa será para nós a graça de Deus, que restaura em nós a vida para a qual Deus nos criou. – MJT
Não tema ver a profundidade do seu pecado, pois Deus lhe mostrará a excelsa grandeza de sua graça.


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