A história de Davi e Saul é bastante conturbada. Saul foi o primeiro rei de Israel; porém, por causa da sua desobediência, Deus o rejeitou (1Sm 15.10-11). Em seguida, o Senhor escolheu Davi para substituí-lo no trono. Vale lembrar que naquela época a escolha dos líderes em Israel era feita por Deus e comunicada por meio de um profeta. Davi passa a conviver na corte de Saul, este inveja o jovem pelas suas capacidades e decide então matá-lo (1Sm 18.11). Davi precisa fugir para salvar sua vida. Numa das perseguições, o rei entra numa caverna para fazer suas necessidades, mas lá já estavam Davi e seus companheiros. O que Davi devia fazer?
Saul tinha sido rejeitado por Deus e Davi, escolhido; além disso, orei o perseguia. Então por que não matá-lo e tomar o trono que era seu por direito? Davi decidiu poupar a vida de Saul, pois sabia que, mesmo rejeitado, um dia o rei fora escolhido e separado pelo Senhor. Matá-lo seria rebelião contra Deus! Além disso, Saul estava desprotegido. Saul então reconhece que Davi é mais justo que ele próprio, pois manteve sua promessa de lealdade ao rei e a Deus, mas continuou a persegui-lo, procurando matar um inocente.
Esta história demonstra que a justiça tem muito a ver com nossos relacionamentos, expressando-se neles. Nesse sentido, justo ou reto é aquele que permanece fiel a Deus e às outras pessoas com quem tem alguma aliança, ou seja, quem tem um relacionamento adequado com o ser divino e com a sociedade. Ao mesmo tempo, lembramos que Deus é justo - justiça demonstrada claramente em Jesus Cristo, como diz o versículo em destaque. Ele é fiel e justo conosco hoje como foi com Israel. Além disso, fez uma nova aliança por meio da morte de Cristo para que pela fé fôssemos justificados e pudéssemos ser fiéis a ele.
Retidão e justiça criam bons relacionamentos sem recorrer a manobras duvidosas.


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