A Bíblia não é um livro de fábulas. Jesus contou algumas histórias que ilustravam alguma situação da vida real. Mas as demais situações descritas tanto no Antigo como no Novo Testamento de fato ocorreram. É isso que nós, cristãos, cremos.
Assim, fico imaginando uma situação como a da leitura de hoje. Um sujeito gritando com uma mula que – pasme! – estava reclamando por ter apanhado já três vezes.
Deus realmente tem muito bom-humor. Balaão estava indo descaradamente desobedecer a uma ordem do Eterno quando viu sua viagem interrompida por uma mula que, além de muito teimosa, era falante. Tudo porque via o Anjo do Senhor, a quem Balaão não conseguia enxergar. E para piorar, quando ele o enxerga, faz no versículo 34 como aquele motorista da piada que, ao passar um sinal vermelho foi parado por um guarda, que lhe perguntou: “O senhor não viu o sinal vermelho?”. A resposta imediata foi: “O sinal eu vi. Não tinha visto o senhor!”.
Há pelo menos duas lições interessantes nesta história. A primeira diz respeito ao próprio Balaão. Ele, por ganância, estava indo diretamente rumo à desobediência. Tão cego pelo ganho material que não conseguia ver o próprio Deus mudando seu caminho. Não é difícil nos deixarmos levar por nossas próprias convicções sem perceber a vontade de Deus. Por isso, precisamos estar atentos à sua voz.
A segunda vem da mula. Deus poderia ter usado qualquer coisa para falar com Balaão. Poderia ter aparecido diretamente a ele. Mas preferiu dar um choque no profeta ao fazer o animal falar. Significa dizer: não despreze ninguém. Às vezes o preconceito nos fecha os ouvidos a quem tem algo de Deus para nós.
A história de Balaão nos ensina o que Jesus declara em João 14.21. Sejamos, pois, obedientes à voz de Deus para que ele se revele a nós. - IAO
Deus está sempre pronto a se revelar. Temos de estar prontos a ouvi-lo.


Nenhum comentário:
Postar um comentário